sexta-feira, 8 de maio de 2015

Da Relativa Opção


Não, você não foi um objeto.
Digamos... Uma bicicleta.
Onde eu considerasse a cor;
Ponderasse sobre a melhor marca;
Observasse a beleza e funcionalidade
De seu “design”, exercesse, enfim,
Meu direito de livre consumidor.

O amor, frequentemente é um réptil:
Esquivo, sorrateiro,
Estranhamente arrebatador.
  
Fábio Murilo

30 comentários:

Anônimo disse...

Lindo poema amigo Fábio! Porém como ando meio revoltada com o amor, acho que ele é um víbora peçonhenta que te pica, e te coloca em um tormento que dura a tua vida toda kkkkkk

Beijos e beijos e bom fim de semana!!!

http://simplesmentelilly.blogspot.com.br/

Meus desabafos :) disse...

Gostei como conseguiu transbordar o sentimento num objeto que transformou-se em sua perdição :)

Amei mesmo!!!!


beeijos ^^
http://carolhermanas.blogspot.com.br/

Cidália Ferreira disse...

Adorei o poema, Fábio!

Bom fim de semana
Beijos

http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

Priscila Rúbia disse...

Por isso canta-se no Cântico dos Cânticos de Salomão: "Não a(cor)deis e nem (des)perteis o amor, f(ilhas) de Jerus(além), até que este o queira."
Entre todas aquelas estrofes imbuídas de tudo o que envolve a relação de um homem e uma mulher, e inclusive e principalmente, o amor, há a lição de que este sentimento tão difícil e importante a essa zona superior, combate dois extremos no universo humano: tanto o ascetismo (a negação de todo o prazer) quanto o hedonismo (a busca do prazer somente).
Algo tocado no seu texto, tanto ao falares da bicicleta, quanto na dificuldade de se capturar, se aproximar, se entreter com o Dom do amor na reciprocidade.

Mas de verdade, você, ao optar por abrir a porta de acesso ao horripilante quarto onde o amor é simplesmente um réptil, você, escolheu a vida.
No mundo das relações, podemos ser tanto as pessoas erradas no lugar certo, quanto as pessoas certas no lugar errado... cabe a nós mesmos descobrirmos que nem nesse paradoxo todo, nada é em vão.
Pelo menos, que não há relativas opções quando o assunto é a vida.

Meu Olá, Fábio
=)

Maria Rodrigues disse...

O amor tem múltiplas facetas e nem sempre é o que esperávamos.
Bom fim de semana
Beijinhos
Maria

Carol Russo S disse...

Poxa, Fábio. Talvez seja um das tuas menores composições, mas, ao mesmo tempo, uma das mais profundas e belas. Me disse tanto com poucas palavras que fiquei refletindo, por algum tempo, se apesar dessa linguagem tão óbvia estar nos devorando, ainda não é capaz de haver maiores metáforas no teu poema.

Creio que, atualmente, todos nós precisamos especificar o que sentimentos, "hei, querida, o que eu sinto por você é amor, viu?". As pessoas hoje não se entregam mais. E elas têm razão, é sério. Somos todos objetos, manipulados e assustadoramente "bonitinhos e comportados" em uma prateleira. Feliz de quem me aceitar como sou e ponto.

Amar é para poucos. Eu amo tua poesia. Boa noite e um beijo. :*

Laura Santos disse...

Não, de facto uma mulher não é um objecto, embora tantas vezes seja tratada como tal; basta que que pensemos na questão da posse. O amor, mesmo que surja de forma sorrateira (como um "réptil"), deve ser arrebatador em certas horas, e tornar-se sereno noutras.
Belo poema, Fábio. Até me ocorreu fazer uma piada sobre a bicicleta, mas achei que não seria de bom tom. ;-)
xx

Daniel C.da Silva disse...

Só quem percebe do amor fala assim...

Muito bom, como sempre!

grande abraço

Shirley Brunelli disse...

Quando o amor aparece, dele ninguém consegue fugir..
Gostei, Fábio.
Abraços!

Tais Luso de Carvalho disse...

Pois eis o mistério, ora uma coisa, ora outra...E por quê? Porque não é uma bicicleta. Mas no frigir, sempre vale a pena! Pode ser maravilhoso.
Beijos!

Canal Cereja disse...

hm... gostinho de beijo essa poesia, amei. Como sempre, muito tocante. Odeio que se quer se refiram a mim como objeto ou como comida, acho terrivelmente infeliz isso. Enfim, o amor é algo indescritível.

Samuel Balbinot disse...

Bom dia Fabio.. o amor na sua forma mais pura sabe bem como chegar e nos envolver.. o que nos arrebata é a paixão e o desejo.. feliz sempre abraços poeta

vida entre margens disse...

Um poema muito bem escrito, uma temática pertinente, uma forma saudável de olhar para quem se ama....
Resumindo, um belíssimo momento Poeta!

Abraço Fábio

Patrícia Pinna disse...

Boa noite, Murilo.
Inteligente a sua linguagem para falar de uma relação que não deu certo, contudo, deixa-se bem claro de que a mulher não foi um objeto, a fim de satisfazer os prazeres de homem.
Na realidade, objeto, é a mulher que permite essa condição para ela por não ter autoestima suficiente para dizer um basta, ou, de uma forma mais complexa, situações que envolvem o impedimento de um fim da parte da mulher.
Mas quando ela passa a crer que pode viver como uma pessoa, ter força e se valorizar, o tratamento passa a ser diferente.
Ninguém é objeto de ninguém, ao menos, não deveria.
O amor, na realidade, é algo que não se explica, apenas se sente, sem delongas.
Viva o amor e a liberdade de cada um e o respeito dentro da relação.
Parabéns.
Beijos na alma.

Dani disse...

Acho muito interessante todas essas metáforas que podemos utilizar para falar sobre o amor.

Fábio Murilo disse...

Poxa, Li! Que trágico! Beijos!

Fábio Murilo disse...

Foi? Obrigado pela visita. Beijos!

Fábio Murilo disse...

Obrigado, Cidalia. Beijos!

Fábio Murilo disse...

Olá, Priscila. Muito bom seus comentários, como sempre.

Fábio Murilo disse...

Verdade, Maria Rodrigues. Beijos!

Fábio Murilo disse...

Oi, Carol. Pois é. Essas questão do pouco falar é relativa. Não é por falarmos muito que dizemos tudo. Minhas composições são geralmente pequenas. Pois costumo compor em situações bem adversas: no meio do trabalho, no ônibus, andando... È isso... Beijos!

Fábio Murilo disse...

Obrigado, Laura.

Fábio Murilo disse...

Poxa... Que responsabilidade... Rs. Abraço.

Fábio Murilo disse...

Obrigado, Shirley.

Fábio Murilo disse...

Obrigado, Tais, Beijos!

Fábio Murilo disse...

Tem toda razão, Nanda. Beijos!

Fábio Murilo disse...

Feliz definição, Samuel! Abraços!

Fábio Murilo disse...

Obrigado, poetisa Cristina. Abraços.

Fábio Murilo disse...

Obrigado, Pat. Beijos!

Fábio Murilo disse...

É mesmo, Dani. Obrigado.

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