Fica
assim não, senão todas as aves do céu cairão,
As
estrelas se precipitarão num cataclismo apocalíptico.
As
canções não serão mais ouvidas, comovidas calarão.
Fica
assim não, vai, levanta a cabeça, ressuscita a criança
Que
antes havia e nada sabia da vida, sorria apenas,
Acordava
e dormia sem preocupação e medos vãos.
Repara
no espelho teu rosto é belo, põe uma flor no cabelo.
Raro
é teu jeito a espalhar afetos e sorrisos.
Rasga,
nesse lusco-fusco, a feia crisálida que agora te oprime
E
injustamente comprime tuas lindas asas de borboleta.
Fábio
Murilo, 26.06.2015